Saiba o que a Fonoaudiologia e a Acupuntura podem fazer por você!

sexta-feira, 28 de setembro de 2007


Mastigação nossa de cada dia!
Ei você?! Já observou seu modo de mastigar o alimento?
Que tal se neste momento parasse por alguns minutos para ler este texto e repensar sobre seu modo de mastigar os alimentos?

Para que você possa compreender direitinho a mastigação, é importante que falemos sobre o “famoso” Sistema Estomatognático – responsável por desempenhar as funções de Respiração, Mastigação, Deglutição, Sucção e Fala no ser humano.

Todas estas funções são exercidas graças a uma rede enorme de músculos, ossos e estruturas como lábios, língua, bochechas, palato mole e duro, gengivas e dentes.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000
Ao nascer, a criança ainda não tem os dentes erupcionados (crescidos) na boca, por isso sua principal função alimentar que compõe o sistema estomatognático é a Sucção.

Esta sucção inicialmente reflexa, deve ser estimulada através da Amamentação, responsável não só pelo desenvolvimento da criança nos aspectos nutricionais, imunológicos e psicossociais, mas também pelo desenvolvimento ósseo-muscular facial, favorecendo o posicionamento adequado das arcadas dentários, da língua e dos lábios.

http://troll-urbano.weblog.com.pt/arquivo/amamentacao.jpg
Com o aparecimento dos primeiros dentinhos da criança por volta dos 7 ou 8 meses, a sucção vai deixando de ser reflexa e passando para uma função voluntária, tornando-se auxiliar no processo de iniciação à Mastigação.

A mastigação começa a ser introduzida através de alimentos mais pastosos e a medida que os dentinhos vão surgindo a consistência dos alimentos vai ficando mais sólida, isto pode ocorrer a partir do primeiro ano de vida do bebê.

Neste momento, a criança começa desenvolver movimentos fundamentais para a mastigação, como passar o alimento de um lado para o outro na boca, iniciando movimentos de lateralização de língua e “abrir e fechar a boca” simultaneamente, compondo movimento de verticalização da mandíbula.

A partir dos três anos o padrão de mastigação adulta começa a se consolidar na vida da criança.

Como ocorre a mastigação adulta?

Ao colocar o alimento na boca é importante que este tenha seu tamanho reduzido e triturado a fim de melhor prepará-lo para a deglutição. A saliva em contato com alimento vai lubrificá-lo e provocar uma ação enzimática sobre o alimento para facilitar todo o processo de trituração e por fim, deglutição.

Através de impulsos nervosos que são acionados no cérebro, os músculos abaixadores da mandíbula recebem “ordens” para que a boca se abra e ocorra a entrada do alimento. Neste momento são ativados os músculos elevadores da mandíbula que irão fechar a boca.

A mastigação ocorrerá a partir daí numa seqüência rítmica de abaixamento, elevação e lateralização da mandíbula.

O processo de mastigação pode ser divido em quatro etapas:· Mordida do alimento – neste momento os dentes estão desocluídos ( não se tocam);
· Trituração do alimento – ocorre a redução do tamanho do alimento em partículas;
· Estágio de transporte – o alimento triturado é transportado pela língua ao fundo da boca, na região da faringe;
· Estágio de liberação – ocorre a coleta de pedaços de alimentos que restaram no vestíbulo das bochechas, sendo auxiliado pela língua, músculos faciais e por movimentos mandibulares.

Além de toda ação muscular responsável pela mastigação, é imprescindível a participação dos dentes no corte e trituração do alimento. Desta forma a eficiência mastigatória depende do número de contatos oclusais e saúde dentária.

No processo de mastigação os lábios participam na condução do alimento à boca, auxiliando na identificação tátil e térmica do alimento. O selamento labial favorece a adequação do posicionamento do alimento dentro da boca durante a mastigação.

Para que o alimento seja lateralizado continuamente ao longo da mastigação entra em ação a língua, que com sua movimentação constante, faz o recolhimento do alimento colocado à boca, e posiciona-o adequadamente para iniciar a mastigação.

Ao mastigar, quando ocorre a oclusão dos dentes ( dentes se tocam), a língua retrai-se (encolhe) a fim de proteger-se para não ser mordida pelos dentes durante os golpes mastigatórios. Esta retração é rápida e precisa, pois, assim que os dentes são separados novamente ela realiza seus movimentos de recolhimento e lateralização do alimento, sendo este, também realizado por músculos das bochechas.

A língua é a grande responsável pela identificação de estímulos térmicos, táteis e gustativos, informações que também influenciam no ritmo mastigatório.

Outra estrutura importante na mastigação é o palato duro, que justamente por ser rígido e fixo auxilia a língua a esmagar o alimento e a identificar sensações de textura e temperatura do alimento.

Os movimentos mandibulares durante a mastigação são muito importantes para compor a eficiência dos dentes e músculos neste processo. Basicamente, a mandíbula movimenta-se nas seguintes direções:
· Lateralização (lateral direita e esquerda);
· Anteriorização ( queixo para frente);
· Abaixamento ou verticalização;
· Posteriorização;

Há pessoas que mastigam simultaneamente do dois lados ( direito e esquerdo), realizando movimentos verticais da mandíbula. Essa mastigação é muito comum em pessoas que usam próteses dentárias, pois, impede que a prótese desloque durante a mastigação causando traumas.

Também é possível observar pessoas que mastigam apenas de uma lado (mastigação unilateral). Essa mastigação é comum em pessoas que apresentam alguma disfunção têmporo-mandibular ou alteração oclusal, podendo ser provocada por cáries, sensibilidade devido a problemas periodontais.

A mastigação unilateral pode gerar dores na região da ATM ( articulação têmporo-mandibular), assimetrias faciais, dores de cabeça devido a hiperatividade excessiva de músculos mastigatórios e ineficiência mastigatória.

Outra movimentação mastigatória inadequada é a anteriorizada ( queixo para frente), ocorrendo na grande maioria das vezes devido à perda do dentes posteriores. Essa perda faz com que durante o processo mastigatório ocorra a anteriorização da mandíbula e a hiperatividade dos músculos periorais ( ao redor dos lábios) a fim de conter o alimento na boca durante a mastigação.

A anteriorização mandibular ( mastigar com o queixo para frente) é extremamente desfavorável para o equilíbrio das ATMs, podendo gerar desordens têmporo-mandibulares.

Para finalizar as informações sobre o tema, a Mastigação ideal é realizada bilateralmente, ou seja, o alimento é lateralizado para o lado direito e esquerdo consecutivamente e com os lábios selados.

Esta mastigação torna a movimentação muscular e óssea equilibrada entre o lado direito e esquerdo da face, sendo realizada sem apresentar tensões musculares que possam provocar desconfortos e alterações na ATM.

Mas para que se possa obter uma mastigação correta, antes de qualquer coisa é fundamental buscar uma Avaliação Odontológica para verificar a integridade oclusal ( saúde dos dentes) e uma Avaliação Fonoaudiológica para avaliar a musculatura facial e seu funcionamento, evitando-se assim, tensões e flacidez musculares indesejadas.
Paula Brito

quinta-feira, 27 de setembro de 2007


CHUPETA
USAR OU NÃO USAR: EIS A QUESTÃO
!A chupeta é parte integrante do enxoval do bebê, que além de sua funcionalidade em acalmar a criança também é atrativa aos pais devido às diversas cores, formas e desenhos existentes no mercado.
Algumas perguntas são freqüentes em consultório fonoaudiológico sobre a chupeta:


“Posso dar a chupeta ao meu bebê nos primeiros meses de vida?”É importante dizer que o bebê já nasce com o impulso de sugar. Essa sucção servirá para que ele possa se alimentar (amamentação) e também como a primeira forma de satisfação psicoemocional (sensação de prazer).
A chupeta pode sim ser usada, mas sempre com moderação. Seu uso deve ser apenas como forma de estimular e exercitar a musculatura da face do bebê, sempre com ajuda dos pais, evitando utilizá-la como um apoio emocional.

“Meu bebê chora muito e só acalma quando lhe dou a chupeta”.
Isso é comum em crianças de 0 a 6 meses, porém, os pais devem ficar atentos em não satisfazer os desconfortos da criança através do uso da chupeta. Lembram que sugar também é uma forma de prazer para o bebê, assim, em vez de oferecer a chupeta, pode ser dado o peito. Isso auxilia muito a criança a não abandonar a amamentação por causa da chupeta.

“Como devo deixar meu filho usar a chupeta”.
Os pais devem se preocupar com a freqüência, intensidade e duração do uso. Desta forma, o uso da chupeta deve ser o menor possível, pois, o uso prolongado determinará a instalação do hábito inadequado, causando vários transtornos ao desenvolvimento muscular e afetivo da criança.

“Meu filho pode usar a chupeta apenas para dormir”.
Não é recomendado que a criança durma o tempo todo com a chupeta na boca, porque é muito importante para o desenvolvimento da musculatura da face que a criança mantenha a boca sempre fechada enquanto dorme, para favorecer a respiração pelo nariz.


“É mais grave meu filho sugar a chupeta ou o dedo”.É mais preocupante para o bom desenvolvimento muscular e funcional (mastigação, deglutição, respiração e fala) que a criança sugue o dedo. A sucção digital (dedo), além de ser um hábito muito difícil para retirar na criança, sua freqüência, intensidade e duração no uso é maior, pois, o acesso ao dedo é feito pela própria criança, o dedo é parte do corpo dela sempre estará a seu alcance.
“Que tipo de chupeta provoca menos danos ao desenvolvimento muscular do meu filho”.
A chupeta deve possuir características anatômicas e funcionais importantes como:
- o bico deve ser compatível com o tamanho da boca e idade da criança;
- a direção do bico deve estar inclinada para cima em relação ao apoio dos lábios;
- para recém-nascidos pode ser de látex ou de silicone;
- para bebês de baixo peso ou prematuros, o bico deve ser especial, com tamanho do bico menor;
- o disco ou apoio deve ser de plástico firme e maior que a boca da criança;
- o formato do apoio de plástico deve ser parecido com um grão de feijão, evitando que possa ocorrer qualquer alteração no desenvolvimento da musculatura na base do nariz;
- o apoio de plástico deve ter no mínimo dois furos de ventilação um de cada lado;
- indica-se as chupetas que possuem argolas no apoio de plástico;
- não deve ser amarrada ou pendurada ao redor do pescoço da criança, pois, ela pode sufocar por qualquer descuido, além de estimular o hábito pelo fácil acesso;


“O que posso fazer para diminuir o interesse do meu bebê pela chupeta”.Quando o bebê chorar em vez de lhe fornecer a chupeta rapidamente, os pais devem apenas pegar a criança e passar a chupeta ao redor dos lábios do bebê provocando a vontade de sugar. Coloque a chupeta na boca da criança, mas não a solte, aproveite enquanto ele suga para segurar a chupeta e puxá-la com movimentos leves como se tentasse retirá-la da boca. Desta forma você estará estimulando a sucção e trabalhando a musculatura facial do bebê. Faça esta atividade até a criança se cansar, desta forma em breve o hábito estará eliminado.
A chupeta deve ser usada apenas para complementar a sucção na fase em que o bebê necessita desse exercício funcional, favorecendo o crescimento e desenvolvimento dos arcos dentários e da musculatura facial. Os pais devem ficar atentos para que durante a fase de amamentação o uso da chupeta seja o menor possível para que a criança não seja estimulada a largar o peito.
Qualquer dúvida leve seu bebê ou seu filho à uma Fonoaudióloga para que possa receber orientações adequadas quanto ao uso da chupeta!
Paula Brito

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Acidente Vascular Cerebral (AVC/AVE) - “Derrame Cerebral”
O Acidente Vascular Cerebral ou Derrame caracteriza-se pela perda das funções cerebrais decorrentes de uma interrupção do suprimento de sangue a qualquer parte do corpo.
Há dois tipos de Derrame:
§ Acidente Vascular Isquêmico: Falta de circulação sanguínea no cérebro ocasionada pela obstrução de artérias importantes. Em geral, ocorre com pessoas mais velhas que possuem alterações vasculares, é fumante, diabetes, colesterol elevado e hipertensão arterial.
§ Acidente Vascular Hemorrágico: Sangramento provocado pelo rompimento de uma vaso sanguíneo ou artéria decorrente de um traumatismo, hipertensão arterial.
Quais fatores podem favorecer o Derrame?1. Pressão Alta;
2. Fumo;
3. Doença Cardíaca;
4. Fistórico familiar;
5. Diabetes;
6. Colesterol elevado;
7. Álcool;
8. Estresse;
9. Vida sedentária;
Acidente Vascular Isquêmico... Sintomas?§ Tonturas;
§ Perda da força muscular;
§ Perda de visão repentina;
§ Formigamentos em um lado do corpo;
§ Alterações de memória;
§ Dificuldade na fala;
Acidente Vascular Hemorrágico... Sintomas?§ Dor de cabeça intensa;
§ Náuseas e vômitos;
§ Aumento da pressão intracraniana;
DiagnósticoO diagnóstico normalmente é feito através de exames laboratoriais com análises sanguíneas e estudo de imagens ( tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética).
TratamentoO Acidente vascular Cerebral é uma emergência médica e o paciente deve ser imediatamente encaminhado ao atendimento hospitalar.
Anticoagulantes e trombolíticos podem diminuir a extensão dos danos causados. A cirurgia para retirada de coágulos nos acidentes hemorrágicos pode ser indicada, assim como a retirada de embolos obstrutivos nos acidentes isquêmicos.

Tratamento com Recursos Terapêuticos
Após diagnóstico o problema, o paciente pode ser beneficiado com tratamentos terapêuticos cujo objetivo é proporcionar estimulação às áreas afetadas no cérebro recuperando e desenvolvendo as funções perdidas.
Tais funções podem estar associadas ao trabalho da Fonoaudiologia como:§ Dificuldades para deglutir alimentos;
§ Dificuldades para produzir a fala;
§ Paralisia da face e suas complicações funcionais e posturais;
§ Alterações mastigatórias e de sucção;
Recomendações§ Adote uma dieta equilibrada, com redução de açúcares, gordura, sal e bebidas alcoólicas;
§ Faça o controle da pressão arterial freqüentemente;
§ Evite o fumo;
§ Faça exercícios físicos regularmente;
§ Havendo histórico de doenças cardíacas e Derrame, informe seu médico;
§ Reduza o nível de estresse, faça programas agradáveis e relaxantes.

Paula Brito

domingo, 16 de setembro de 2007

Roncopatias e Apnéia Obstrutiva do Sono
Sob uma visão da Fonoaudiologia.


Atualmente os distúrbios do sono vem sendo cada vez mais pesquisados e discutidos na classe científica. Isto deve-se aos problemas ocasionados e identificados nas atividades de vida diária de indivíduos portadores de tais distúrbios.
Um destes distúrbios bastante comuns na sociedade é o ronco, onde causa grande transtorno para as pessoas que vivem com o indivíduo roncador. Estima-se que 40% dos homens adultos roncam e que isto ocorra em 30% das mulheres após a menopausa.
O ronco é um barulho produzido a partir da vibração de estruturas musculares na garganta que encontram-se flácidas e relaxadas. Adenóides, amigdalas, sinusites, rinites alérgicas, desvios de septos nasais e flacidez da musculatura de língua, faringe e laringe podem favorecer o aparecimento do ronco por ocasionar uma obstrução parcial das vias respiratórias.


Ronco : decorre da vibração de estruturas flácidas como língua , palato mole e úvula.
Roncar não é normal! É importante compreender que o ronco é um sinal de que uma obstrução respiratória parcial está ocorrendo e que com o tempo pode evoluir para um distúrbio grave do sono, conhecido como Apnéia Obstrutiva do Sono.
Ao contrário do Ronco, a Apnéia causa ao portador diversos transtornos e dificuldades que podem decorrer diferentemente em episódios noturnos e diurnos:
Alterações noturnas:
§ Sono agitado;
§ Pesadelos;
§ Engasgos noturnos;
§ Falta de ar;
§ Aumento na produção de urina noturna ( nuctúria);
§ Sudorese;
§ Refluxo Gastroesofágioco.

Alterações diurnas:§ Cefaléia Matinal;
§ Sonolência Excessiva;
§ Dificuldade de concentração;
§ Memória deficiente;
§ Irritabilidade, impaciência, ansiedade;
§ Impotência sexual;
§ Depressão.

A Apnéia Obstrutiva do Sono caracteriza-se por haver uma obstrução total à passagem do ar durante o sono estando diretamente relacionada às condições musculares de estruturas localizadas na garganta.
É através da Polissonografia que a apnéia do sono pode ser diagnosticada. A Polissonografia é um exame realizado por Médico Neurologistas, onde ocorre a monitorização de sinais fisiológicos do paciente.
A Polissonografia é composta dos seguintes exames: Eletroencefalograma, Eletrocardiograma, Eletromiograma, Oximetria ( quantidade de O2 no sangue), Capnografia ( quantidade de CO2 no sangue), Eletrooculograma e Fluxograma Respiratório ( fluxo de ar inspirado e expirado). Outros exames podem ser solicitados por médicos ou dentistas como a Telerradiografias da face, Ressonância Magnética, Nasofibrolaringoscopia.
Observa-se na maioria dos casos uma flacidez excessiva de base de língua, estando esta com o posicionamento muito elevado na região posterior favorecendo o colabamento da língua na parede da orofaringe enquanto o indivíduo dorme.

Apnéia Obstrutiva do Sono: musculatura de língua flácida com o dorso elevado, palato mole e úvula alongada, colabam com a parede da orofaringe e impede a passagem de ar.

É importante que o diagnóstico da Apnéia seja identificado para que em seguida possa ser planejado as formas de tratamento. Atualmente devido ao aumento de casos de Apnéia Obstrutiva do Sono a classe científica vem descobrindo e aprimorando técnicas de tratamentos, entre elas temos:
§ Uvulopalatoplastia;
§ Uso de aparelho intraoral;
§ Uso do CPAP;
§ Cirurgia de avanço mandibular;
§ Radiofreqüência

Aparelho CPAP Aparelhos Intrabucais
Fotos extraídas:
http://www.klearway.com/
Fonte: Instituto do Sono de Campinas – www.sorrisosaudavel.com.br
Todas estas técnicas tem como objetivo principal aumentar o espaço aéreo para que o fluxo respiratório possa ser mantido durante o sono.
A Fonoaudiologia vem ao encontro destas técnicas na expectativa de complementar o tratamento, proporcionando ao paciente apnéico um ganho no tônus muscular de língua, palato mole, úvula e musculatura laríngea e faríngea através de exercícios respiratórios, isométricos e isotônicos e consciência miopostural.
A atuação da Fonoaudiologia em conjunto com a técnica do Uso do Aparelho Intra Oral, CPAP e Cirurgia do Avanço Mandibular, ficará responsável pela adequação de tônus e posicionamento da musculatura de língua, palato mole, úvula e musculatura de laringe e faringe. Esta adequação favorecerá ao melhor posicionamento destas estruturas durante o sono impedindo que ocorra o colabamento de base de língua e úvula com a parede da orofaringe tornando a passagem de ar possível e livre.
Após uma avaliação miofuncional criteriosa observa-se comumente nos pacientes com Apnéia Obstrutiva do Sono as seguintes alterações musculares e funcionais:
§ Base de língua alargada e elevada;
§ Reflexo de vômito anteriorizado;
§ Musculatura sub lingual flácida e com pouca força de sustentação;
§ Palato mole extenso e com mobilidade reduzida;
§ Úvula palatina alongada;
§ Dificuldade em visualizar úvula;
§ Lateralização mastigatória deficiente;
§ Deglutição com anteriorização de cabeça;
O trabalho fonoaudiológico visa inicialmente conscientizar o paciente sobre sua estrutura muscular e postural. Em seguida dá-se início aos exercícios que devem ocorrer freqüentemente a fim de adequar o tônus muscular para que durante o sono o ar possa circular livremente na região da garganta.
É importante que o Fonoaudiólogo tenha conhecimento fisiológico e muscular suficiente para que possa traçar seu planejamento e atuação de acordo com o caso avaliado. Muitas vezes apenas exercícios e uso de aparelhos não são suficientes para tratar as apneías. Há casos de pacientes obesos nos quais o Fonoaudiólogo atua apenas na conscientização e adequação postural da língua, visto que o aumento de gordura na região de pescoço e garganta favorecerá a limitação do espaço aéreo, podendo causar obstrução à passagem de ar.
Pacientes com o hábito de ingerirem álcool deverão ser orientados quanto aos malefícios que esta ingestão causa à musculatura que já encontra-se enfraquecida e flácida. Nestes casos o Fonoaudiólogo também atuará sobre o melhor posicionamento de língua e conscientização do problema. Com paciente já conscientizado inicia-se o tratamento fonoaudiológico.
Vale lembrar que a musculatura necessita de trabalho freqüente e que cada músculo tem sua função. O Fonoaudiólogo é o profissional capacitado a atuar diretamente com a estrutura muscular crânio-facial e como tal, pode oferecer aos pacientes apnéicos grandes possibilidades de melhora na qualidade do sono e de vida.
Independente de qual for a atuação da classe Médica ou Odontológica sobre o paciente portador de Apeia Obstrutiva do Sono, é válido que uma Avaliação Fonoaudiológica faça parte do programa de tratamento para que seja considerada a estrutura muscular e funcional e imediatamente a atuação possa complementar o trabalho interdisciplinar e oferecer maiores benefícios ao paciente.

Bibliografia:
LEMES L., ANTONIO H. Viver sem Roncos – Como evitar os Distúrbios Respiratórios do sono e as Doenças que Eles Provocam. Ed. Revinter , 2005 São Paulo

PINTO J.A. Ronco e Apnéia do Sono – Ed. Revinter, 2000 São Paulo

Internet:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?391
http://www.kenyafelicissimo.com.br/
http://www.sorrisosaudavel.com.br/
http://www.santalucia.com.br/otorrino/ronco-p.htm
Acordei com uma Paralisia Facial...e agora, o que fazer?“

Através da face revelamos ao mundo nossas emoções... nosso ser."
O que é a Paralisia Facial?
É a paralisia que ocorre com os nervos periféricos da face (nervo facial), responsável pelos movimentos dos músculos da face, pelo lacrimejamento dos olhos, pela proteção do sistema auditivo contra os sons fortes e também pela sensibilidade gustativa na parte anterior da língua.

Qual é a incidência da Paralisia Facial?
Pode ocorrer em qualquer idade com incidência maior em indivíduos entre 20 e 40 anos e do sexo masculino.

Quais as principais causas da Paralisia Facial?
A Paralisia Facial pode resultar de infecções virais ( herpes zoster), traumatismos, tumores, alterações congênitas (defeitos de nascimento) e até por diabetes.
Paralisia Facial, o que fazer?
Inicialmente, indica-se procurar um médico Otorrinolaringologista;
Passar por uma série de exames indicados, como: exames otoneurológicos, exames neurológicos, eletromiografias, testes de equilíbrio, medição do lacrimejamento, radiografias da face, tomografias computadorizadas, ressonância magnética entre outros.
Iniciar o mais rápido possível o tratamento para estimular a musculatura paralisada.
Fonoaudiologia atuando na Paralisia Facial.
Como um profissional de detém de conhecimentos de toda a musculatura facial e sua funcionalidade, o Fonoaudiólogo é um dos profissionais capacitados a trabalhar diretamente em casos de Paralisia Facial.
Como é o trabalho do Fonoaudiólogo na Paralisia Facial?
Inicia-se com uma Avaliação minuciosa do funcionamento da musculatura facial em relação à sensibilidade, aos movimentos e função dos músculos, como Mastigação, Deglutição, Sucção e Articulação das palavras.
Tratamento consiste em:
Trabalho de sensibilização da musculatura facial;
Exercícios com os músculos faciais;
Alongamento dos músculos faciais;
Massagens manuais estimulatórias e relaxantes;
Estimulação termoestimulatória, através do calor e/ou do frio;
Exercícios miofuncionais (Mastigação, Deglutição, Sucção e Articulação);
Qual é o tempo de recuperação da Paralisia Facial?
A recuperação da função muscular será determinada pelo grau de comprometimento, pela causa e tipo da lesão do nervo facial.A busca pelo tratamento Médico ou Fonoaudiológico da Paralisia Facial deve ser precoce, a fim de propiciar uma recuperação muscular favorável e rápida.
Fotos de pacientes com Paralisia Facial Periférica

Paciente com Paralisia Facial Periférica, fechando os olhos. Observa-se o desvio do ângulo da boca mesmo fechada e o nariz para o lado não comprometido.Figura retirada do livro: “Terapia de Regulação Orofacial” / Rodolfo Castilho Morales – São Paulo:Memnon, 1999 – página 89

Paciente com Paralisia Facial Periférica, fazendo abertura de boca, sendo observado o desvio do ângulo de boca e o nariz para o lado não comprometidoFigura retirada do livro: “Terapia de Regulação Orofacial” / Rodolfo Castilho Morales – São Paulo: Memnon, 1999 – página 88





Paciente com paralisia facial crônica, tentando assoviar.Figura retirada do livro: “Terapia de Regulação Orofacial” / Rodolfo Castilho Morales – São Paulo: Memnon, 1999 – página 89
Paula Brito
Fonoaudiologia Estética


A Fonoaudiologia Estética vem a cada dia se consolidando como uma das mais procuradas áreas de atuação do Fonoaudiólogo em conjunto com profissionais que trabalham diretamente com Estética, como Dermatologistas e Cirurgiões Plásticos.
O conhecimento que o Fonoaudiólogo detém da musculatura e inervação facial tem proporcionado um trabalho de tonificação muscular associado ao funcionamento adequado das funções estomatognáticas ( respiração, mastigação, deglutição, sucção e fala), oferecendo ao paciente um equilíbrio miofuncional e estético satisfatório, somando-se ao tratamento médico realizado. Este trabalho vem denotando grande importância na prevenção ao aparecimento de marcas e rugas na face, sejam elas de expressão ou de flacidez muscular.
O trabalho Fonoaudiológico consiste primeiramente numa triagem e anamnese oferecida ao paciente, onde serão passadas várias orientações quanto ao funcionamento ideal da musculatura facial, higienização e cuidados.
Será feito o encaminhamento a Avaliação Fonoaudiológica a fim de verificar o funcionamento muscular e sua relação direta com as funções estomatognáticas( respiração, mastigação, deglutição, sucção e fala) além de prevenir e identificar o aparecimento de rugas em decorrência dos excessos de expressividade facial que possam marcar a pele e hábitos posturais inadequados.
Realizada a Avaliação, o terapeuta ( Fonoaudiólogo) fará o planejamento terapêutico, no qual este consistirá das seguintes etapas:
- limpeza da pele e hidratação;
- conscientização da importância da musculatura bem trabalhada na estética facial;
- fortalecimento e adequação muscular no funcionamento das estruturas que compõe as funções estomatognáticas (respiração, mastigação, deglutição, sucção, respiração e fala);
- exercícios musculares faciais gerais;
- exercícios musculares faciais específicos e individuais;
- massagem facial ativa;
- manutenção muscular diária, em casa (tornar hábito);
- estimulação de pontos motores de face objetivando melhor tonificação muscular;
- massagem passiva com trabalho de relaxamento muscular facial;
- drenagem facial e corporal manual pré e pós cirúrgica.
O grande objetivo da Fonoaudiologia Estética consiste em realizar um trabalho de tonificação ou em alguns casos, de soltura da musculatura facial a fim amenizar e suavizar expressões faciais prevenindo ou reduzindo o surgimento de rugas e marca de expressões consideradas inadequadas de acordo com a idade do paciente e outras características a serem consideradas.
A Fonoaudiologia Estética vem complementar o tratamento dermatológico e plástico que o paciente está sendo submetido ou submeteu-se por algum período.

Paula Brito
Matéria no site do Conselho Reg. de Fonoaudiologia de SP

Ler matéria >>
Título: A fonoaudiologia em Busca do belo.
Ler matéria>>

reportagem site Guia da Snaema
http://www.guiadasemana.com.br/noticias.asp?ID=15&cd_news=17333

O que é Fonoaudiologia?

O que é Fonoaudiologia?
Ë a ciência que trata os distúrbios da comunicação, como os problemas na fala, dificuldade de leitura e escrita, alteração na voz e audição.

O que faz o Fonoaudiólogo?
O Fonoaudiólogo é o profissional responsável pelo atendimento de recém-nascidos, crianças, adolescentes, adultos e idosos que possam apresentar:
gagueira;
fala muito rápida;
trocas de letras na fala;
dificuldade na leitura e na escrita;
respiração realizada apenas pela boca;
alteração na voz, como rouquidão, voz áspera ou fina, pigarro constante;
cansaço constante ao falar;
problemas neurológicos, como Mal de Parkinson, Alzaimer, derrame cerebral, responsáveis por causar dificuldades na fala e na alimentação;
Paralisia Facial;
dificuldades na mastigação e deglutição;
engasgos constantes;
uso prolongado de chupeta, mamadeira, chupar o dedo e outros hábitos orais inadequados;
má posicionamento de língua, ficando esta, entre os dentes;
dificuldade auditiva;
necessidade de adaptação de aparelho auditivo;
Sindrome de Down, Paralisia Cerebral e outras deficiências leves.

Como é realizado o tratamento fonoaudiológico?
Em média o tratamento é realizado em sessões terapêuticas com duração entre 30 minutos a 1 hora. Estas sessões podem ser semanais, diárias ou quinzenais.De acordo com o problema a ser tratado é definido pelo profissional o tempo de terapia.

Exames que são feitos por Fonoaudiólogos
Audiometria, exame de audição;
Avaliação de Linguagem Oral e Escrita;
Avaliação Vocal;
Avaliação de Motricidade Oral Emissões Otoacústicas;
Processamento Auditivo Central;

Quais os principais profissionais que podem trabalhar com o Fonoaudiólogo?
-Pediatras;
-Otorrinolaringologistas;
-Neurologistas;
-Pedagogos e Psicopedagogos;
-Psicólogos;
-Odontologistas ( Ortodontista, Odontopeditra, Disfunção de ATM, Protese)
-Dermatologista;
-Cirurgião Plástico;
-Ginecologista e Obstetra

Você pode procurar um Fonoaudiólogo para tratar um problema de saúde ou simplesmente para receber uma orientação fonoaudiológica, pois, o Fonoaudiólogo é um dos profissionais preza muito pelo trabalho preventivo e atendimento precoce!

Não perca tempo! Procure um Fonoaudiólogo, você aprenderá muito com ele.
A Fonoaudiologia não é uma terapia, mas sim, um Aprendizado!!!!
Paula Brito